terça-feira, 15 de março de 2016

Apresentação Bruna Eduarda

Resposta 1
Canto: tive experiência de dois anos no coral Areias Branca em Rosário do Sul (2006-2007) e um ano de coral no Colégio Militar (2008).
Dança: comecei com um ano de ballet que me ajudou a buscar uma melhor postura e entendimento do meu corpo desde criança, três anos participando de um grupo de dança escolar, dois anos de dança do ventre e um ano percorrendo por alguns estilos da dança de salão.
Habilidades: mesmo com essas experiências comentadas anteriormente, em relação ao corpo, ainda sinto algumas dificuldades com relação à elasticidade em determinadas situações e até mesmo certo medo de alguns movimentos mais circenses, como na disciplina de movimento III. Na voz acredito que tenha certa afinação, porém uma voz muito anasalada que ainda precisa ser trabalhada com exercícios específicos.

Resposta 2
Teatro para crianças: nos anos de 2011 e 2012 tive a oportunidade de participar de uma montagem da Maria Clara Machado com a peça “Quem Matou o Leão” do Grupo de teatro Anonimattos.
  Teatro dos sentidos: a partir de pesquisas entre a performance, mitologia pessoal, ritos de passagem e dança pessoal, realizei algumas oficinas com base nos cinco sentidos e seus estímulos expressivos. Teatro do oprimido: oficinas com Silvia Paes, precursora do teatro do oprimido na região centro-oeste, no ano de 2011.

Resposta 3
Línguas: espanhol médio e interesse em inglês.

Resposta 4
Sete Crianças Judias – uma peça por Gaza (Caryl Churchill): a peça montada em Prática de Montagem mostra como 15 minutos de espetáculo conseguem ser os 15 minutos mais densos e impactantes de uma guerra sem fim. O trabalho de pesquisa teve de ser grande pelo fato de sabermos muito pouco sobre a questão Palestina x Israel, o que fez com que eu pudesse obter mais verdade para o estudo das personagens e mais conhecimento histórico sobre o assunto.
Esperando Godot (Samuel Beckett): diante do absurdo e das condições humanas questionadas por Vladimir e Estragon em vários momentos da peça, percebemos que sempre estamos esperando por alguém, por algo, por respostas... Esperamos por um sentido de estarmos vivos e essa inquietação do “eu” e dessa grande procura me afeta diretamente. Cada um espera seu Godot, assim como os personagens, que mesmo diante do caos, ainda têm esperança.

Resposta 5
Texto Pedagogia do Teatro 1 (Joana Abreu): o texto aborda nossa realidade diante do descaso com os espaços culturais nas escolas brasileiras e a desvalorização do teatro como disciplina obrigatória juntamente com professores formados no curso artes cênicas, o que gera um debate sobre nosso atual cenário artístico no país.
Texto A Escola No Teatro e o Teatro na Escola (Taís Ferreira): Taís fala sobre as experiências das crianças espectadoras com o teatro compartilhando pensamentos de Larrosa diante da vivência e estímulos.

Resposta 6
Espetáculo Fukushima Mon Amour (Tadashi Endo): dos últimos espetáculos que assisti, Fukushima Mon Amour me preencheu por completo. Tadashi trouxe o butoh, que parte de uma dança pós-guerra, com muita generosidade para os olhares que ali estavam. Questionava sobre os erros e o motivo pelo qual não conseguíamos aprender com os mesmos diante de tantas coisas que ocorrem no mundo. A mensagem de amor pela dança atingiu da maneira mais pura e sincera, o que me fez ter momentos de catarse durante a apresentação.

Resposta 7
Espetáculo Imagens (2012): Fui convidada pelo corpo de baile Ana Botafogo do Colégio Militar de Brasília para fazer uma participação no espetáculo que se tratava de registros e sonhos pessoais de cada pessoa. O registro do amor de mãe, um estado de felicidade, um momento de sonhos e desejos, a morte como algo inesperado, o passado/presente/futuro diante dos nossos olhos. Minha personagem era uma bailarina frustrada por nunca ser aceita, por não se encaixar nos padrões da sociedade e por não conseguir revelar seu trabalho para o público. Era um solo cheio de sonhos... Alguns perdidos, mas outros ainda esperançosos. A plateia estava lotada e eu tentava controlar minha respiração para diminuir o nervosismo antes de entrar em cena. Lembro que me marcou muito pelo fato de me sentir realmente em casa no momento em que subi ao palco. Foi um sentimento único que não possui palavras, mas ainda possuo o registro desse momento guardado em mim. Era um dos meus primeiros espetáculos e guardo essa experiência como um momento de decisão em minha vida, pois lembro que foi nesse momento que eu realmente falei para mim mesma: vou fazer artes cênicas!

Resposta 8
Sobre o projeto de diplomação, ainda espero para saber quem e quantas pessoas são. Partindo dessa consideração, começo a pensar em peças cujos números de personagens se adequem ao número de alunos. É bem provável que eu recuse diplomação semestre que vem, consequentemente essa turma de MPAC não coincide com minha futura turma de diplomação. Diante de uma vontade própria para finalizar minha passagem pelo curso, penso muito na possibilidade de uma montagem de Samuel Beckett, como a peça Fim de Partida ou Esperando Godot que são peças que tenho um apreço especial por tratarem de questões humanas. A dificuldade de desenvolver o projeto com alguma dessas peças seria o número de personagens que é bastante limitado.

O teatro do absurdo possui uma acidez ao criticar e ironizar questionamentos ligados à sociedade e às crises sociais que se desenrolam até o presente, o que me faz ter um grande interesse em me aprofundar nesse universo.


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