terça-feira, 15 de março de 2016

Autoapresentação Natália

Autoapresentação

1)    Habilidades básicas

- Dança: Meu primeiro contato com o teatro veio pela dança, e minha primeira paixão no teatro esta no teatro- dança. Estudei balé, dança de salão e tribal fusion fora da Universidade. No curso, tive contato com a aplicabilidade cênica da dança e dos jogos corporais, com as mestras Márcia Duarte e Giselle Rodrigues durante um ano e meio.  Ainda dentro da UnB participei por um ano do PROJETOPÉS? - Teatro Dança para pessoas com deficiência, projeto de extensão guiado pelo professor Rafael Tursi. Desde o ano passado (2015) venho estudando as danças populares brasileiras dentro dos teatros de terreiro.

- Canto: Gosto muito de, como diz uma conhecida, dizer que sou cantriz, uma atriz que canta. Para isso, estudo canto, pela técnica Mix criada por Dean Kaein, procurando aplica-la em diversos estilos (Jazz, mpb, samba, cantigas populares...). Participei de dois musicais compondo o coro, de uma peça infantil - com uma música solo gravada em estúdio, mas também gravei em estúdio para a montagem do musical Wicked.

- Trabalhos Manuais: Tenho destreza e paciência para desenhar manualmente com lápis e carvão, pintar em superfícies diversas e bordar tecidos (principalmente lantejoula e canutilho).

- Percussão popular: Fui iniciada pelo percussionista Tico Magalhães, mestre de samba pisado em 2014. A partir desse contato, em 2015 entrei na Orquestra Alada Trovão da Mata, uma orquestra de percussão que toca diversos ritmos populares. Na Orquestra toco abê, ilu, gongue, caixa, caixa do divino, milheiro e alfaia. Já me apresentei no Festival Brasília de Cultura Popular de 2015 e no carnaval de Brasilia nesse ano.

- Costura: Fiz curso de corte e costura. Partindo desse curso e de estímulos do curso de artes cênicas faço figurinos e fantasias desde 2014.

- Maquiagem (social e artística): Fiz curso de maquiagem social pela loja O Boticário. Fui iniciada na maquiagem artística pela Mestra Cintia Carla, no curso de cênicas da UnB. Dou aula da maquiagem, maquio atores e eventos performativos. Desenhei a maquiagem do espetáculo Coração Leal, e da montagem Sophia.

- Produção: sempre gostei de entender, participar e por vezes coordenar a equipe que produz o espetáculo teatral e/ou evento cênico. Na UnB, fiz a disciplina Produção com a professora Luana Proença. Participei da produção do Projeto Perch- uma celebração de voos e quedas junto ao Lume. Fiz a produção do espetáculo no 10º Festival de Cultura Popular. Hoje componho a equipe de produção do grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro.

2)    Tradições artísticas:

- Circo: Sou apaixonada velo vigor e beleza do circo. Partindo dessa admiração, treinei por um ano com a cia. Nós no Bambu trabalhando com circo contemporâneo, vida sustentável, consciência e resistência corporal.


- Mascara neutra: O trabalho minucioso e diferenciado das máscaras sempre me chamou a atenção em diversos níveis. Na busca desse preciosismo cênico trazido pelas máscaras, iniciei meu trabalho com uma oficina básica de máscara neutra e trabalho energético para o ator, com o mestre Rudson M. Duarte. Partindo dessa vivência me encantei ainda mais pelas possibilidades cênicas desse universo e, juntamente a outros atores, abri um grupo de estudo e prática de máscara neutra. Continuando o estudo fiz um curso de Máscaras da comédia dell’arte e balinesas com um ator do Theatre du Soleil, Adreas Simma, e com a atriz Adriana Salles. Dentro da UnB compus o exercício cênico Shangui, que contava o mito chinês da deusa da lua usando máscaras neutras.


- Teatro infantil: A sinceridade das crianças me fez querer aproximar do universo do teatro infantil e seus vários tons. Trabalhei nas peças Flicts- Era uma vez uma cor, direção de Élia Cavalcante pela Actu’s produções, e Coração Leal, direção de Cássia Gentile pela Chang Produções.

- Cultura popular: Sou brincante do grupo Seu e o Fuá do Terreiro, que estuda e trabalha com a invenção da e na cultura popular brasileira. Pela brincadeira tenho a oportunidade de me aproximar das brincadeiras, mitos e tradições do nosso povo - o maracatu, os caboclos de lança, o Boi, o Mamulengo, cavalo marinho, entre outras.


3)    Outras Habilidades:

- Formação em pedagogia Griô: Paralelamente a UnB, curso pedagogia Griô pela escola Grãos de Luz e Griô. Nesse curso de educação, o foco está nas vivências e diálogos entre a tradição oral e a educação formal, colocando a identidade e a ancestralidade no centro da roda, vendo  a cultura como viés de educação.

- Inglês: Sou formada em Inglês pela casa Thomas Jefferson.

- Espanhol: Aprendo espanhol em casa, meu pai e minha avó são de El Salvador (América Central) e falam espanhol. “De berço” escuto, falo e leio espanhol.

- Cultivo plantas: Uma das minhas maiores alegrias é cultivar plantas. Tenho facilidade, paciência e amorosidade com elas!

4)    Textos teatrais:

- Farsa da boa preguiça, texto de Ariano Suassuna. Delicado e divertido, é um texto que me faz viajar em possibilidades cênicas e atualização de discurso.

- A loucura de Isabela e Outras Comédias da Commedia Dell'arte, texto de Flaminio Scala. Trata-se de um roteiro de cenas da comédia dellárte, o qual propõe o que se deve acontecer não necessariamente contextualizado. Uma leitura que exige um outro olhar, mais atenção as palavras que estão sendo ditar para poder se imaginar as cenas.

5)    Textos:

- Notas sobre a experiência e o saber. Jorge Larrosa Bondía.
- Encontros com Ariane Mnouchkine: Erguendo um monumento ao efêmero. Josette Feral.
- Cidadão corpo. Ivaldo Bertazzo.
- Stage Makeup. Richard Corson
- Pina Bauch e o Woppertal Dança-Teatro repetição e transformação. Ciane Fernandes.
- Pedagogia da dança escolar. Márcia Duarte
- O Mito do Calango Voador e outras Histórias do Cerrado. Tico Magalhâes.
- Mulheres que correm com os lobos. Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Clarissa Pinkola Estés.
- Nietzsche, Os Pensadores. Abril Cultural.
- A participação do público no Mamulengo pernambucano. Isabela Brochado.
- DA MINHA JANELA VEJO... Relato de uma trajetória pessoal de pesquisa no Lume. Ana Cristina Colla.
- O corpo poético. Uma pedagogia da criação teatral. Jacques Lecoq

6)    Espetáculos assistidos:

- Cora Dentro de Mim, espetáculo baseado na obra de Cora Coralina. Nesse espetáculo fui transportada para a cozinha de Cora Coralina, respirando e vivendo naqueles instantes sua vida sendo transformada em poesia. Solo da artista Lília Diniz, uma apresentação teatral muito completa e bem amarrada, com uma encenação muito bem construída em cores, textura e sabores, aliada a excelente atuação da atriz. O que mais me chamou a atenção foi como era vivido pela atriz os poemas e comentários de Cora Coralina, numa sinceridade e simplicidade que transbordavam os olhos e o reverberava em todo o corpo de Líli.

- Tropeço, espetáculo de teatro de formas animadas da TATO Criação Cênica, que me despertou o olhar para outras possibilidades expressivas do corpo. Como compor um espetáculo com as mãos, como condensar o corpo inteiro na não e ainda sim representar um ser inteiro, complexo e realizador de ações?! E ainda aliar essa criação com uma encenação linda e limpa. No final, estava com os olhos transbordando de emoção e o coração na mão, saí tão mexida do teatro, que precisei voltar e voltar para assistir a peça e compreendendo o grandioso espaço-tempo criado que, ao final, estava guardado em uma malinha!

7)    Coração Leal:

Participei como atriz e maquiadora da montagem  e circulação infantil da peça Coração Leal, que circulou pelo DF por dois anos.  Um projeto amador de muito aprendizado. Dividindo o palco estavam grandes amigos e companheiros de trabalho, que admiro pelo conhecimento técnico e responsabilidade ética no trabalho. No processo de montagem, trabalhamos durante um ano na busca dos personagens e no mergulhar no texto. Foi incrível poder amadurecer uma personagem e depois leva-la para o palco, é uma percepção e relação outra com a história, o espaço e os outros atores. Por esse lado foi muito gratificante circular e lidar com situações delicadas de apresentação, como apresentar para um grupo de adolescentes e brincar como nunca antes com a história da peça. Esse dia, em termos de trabalho de atriz e adaptação do coletivo, foi arrebatador, conseguimos adaptar todo o texto com linguagem e personagens delicadas destinados a um público infantil para arquétipos e linguajar dos jovens, de forma a jogar junto com os adolescentes que entraram e se divertiram com a nossa “piração”. Por outro lado, foi uma montagem das mais difíceis em relação a trabalhar com uma equipe de direção e produção muito idealistas e pouco concretas, tratando-se de uma proposta comercial. Acredito que não é necessário ter formado em cênicas para ser um bom diretor ou ator, mas tem que se saber tecnicamente o que se faz, de alguma forma, além de saber realmente o que é necessário para se produzir uma peça. Por esse lado foi complicado lidar com separação de funções, distribuição correta de cachês e cumprimento de contrato (foram momentos muito delicados). Porém o convívio com os outros atores e, no caso, a história que dávamos vida eram tão transformadores que nos familiarizamos e crescemos muito juntos. Sou muito grata ao teatro infantil e aos meus companheiros de trabalho, que me fizeram viver o teatro  de forma tão verdadeira e profunda.


8)    Projeto de Diplomação dos sonhos:

Bom, o meu ideário projeto de diplomação é composto por muita dança, partitura corporal, elementos da natureza, trabalho com máscaras, bonecos e sombra. Todos esses elementos amarrados em um enredo ligado aos mitos e ritos brasileiros. Para isso gostaria de trabalhar muito, com muito suor, afeto e prazer, juntamente a um grupo de pessoas bem-dispostas.







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