terça-feira, 15 de março de 2016

Autoapresentação Nina Roberto


1)      Tenho experiência com o teatro desde os 10 anos de idade; Já fiz aulas de street dance, ballet, jazz, contato improvisação, canto e canto coral; Participei da Escola de Teatro Musical de Brasília por 3 anos. Me interesso pela área de produção e maquiagem.

2)     Teatro musical.


3)      Inglês avançado, espanhol básico e experiência na área administrativa

4)      Em geral, os textos de Nelson Rodrigues são os que mais me chamam a atenção por sua carga psicológica e contexto político atemporal.

5)      Se me perguntam sobre um livro interessante de se ler, eu respondo  instantaneamente “Isso é Arte?” de Will Gompertz.  O livro faz um apanhado histórico geral da arte com enfoque na arte pós moderna e trás a explicação que todos nós  merecemos ouvir sobre a evolução da arte. Will não se preocupa em passar imparcialidade e nos instiga a pensar o lugar da arte no contexto presente.


6)      Em 2015 tive a oportunidade de assistir o espetáculo “O gigante da montanha” do grupo  mineiro Galpão, companhia que sempre admirei pela enorme gama de habilidades artísticas e estética, e que só tive essa oportunidade para assisti-los até hoje.
 Acredito que nunca estive tão atenta à um momento quanto estive durante esse espetáculo.Tudo era encantador : a cenografia, os figurinos, maquiagem, roteiro, movimentação cênica, sonoplastia, a dramaturgia e,principalmente, a interpretação do grupo. Piscar parecia ser um desperdício de tempo, pois seria 1 segundo de cena perdido! Todos os atores se mantinham presentes em cena e era incrível se deliciar reparando em cada trejeito adotado por eles. A cenografia era simples, delicada e muito bem estruturada.
          A musicalidade de uma forma geral se harmonizava com a cena e com as ações precisas dos atores.             Os figurinos e maquiagens se completavam numa identidade única.  Tudo fluía de forma inacreditável!

7)      Vou aproveitar o frescor do momento para comentar a figuração em coro que participei neste final de semana na peça Timon de Atenas. A peça Timon de Atenas, estrelada por Vera Holtz, teve em 2014 uma temporada de 2 meses em cartaz no Rio de Janeiro e em 2016, com o apoio financeiro da Petrobras, pode voltar a ser apresentada, porém, circulando por Goiania e Brasília.  Apesar do apoio, a verba fornecida foi insuficiente para trazer o coro cênico de outra cidade, logo, buscaram atores locais para realizar uma marcação simples. Lá estava eu: uma manifestante anarquista que saía do meio da plateia gritando e ameaçando o público até chegar ao palco, saltar nele com apenas um pulo e então permanecer em cena apenas para reagir ao diálogo dos protagonistas. A segunda parte foi servir de contra-regra e cumprir o desafio de retirar o maior número de objetos grandes e pesados em menos tempo. Pouca participação? Talvez, mas foi a primeira vez que pude estar presente num espetáculo tão grande e tão bem produzido. Fiquei muito feliz  com a oportunidade e com todo o aprendizado que tive nesse ultimo final de semana.

8)      O projeto de diplomação dos meus sonhos independe do projeto em si,mas está totalmente ligado ao elenco que estará presente nele. Em todas as disciplinas da cadeia de interpretação caímos sempre na mesma segregação do grupo por afinidades à determinadas estéticas e, apesar de saber que nunca haverá um consenso total, qualquer projeto que motivasse pelo o menos 90% da turma já seria um sonho.
Fora isso, tenho muita vontade de trabalhar com o que a cultura brasileira tem a nos oferecer. Cordel, catira, carnaval, bumba meu boi, maracatu,etc são nossas linguagens, elas correm no nosso sangue e mesmo assim insistimos em querer importar textos de outras realidades. Não precisa! 

Além de que, dentro do departamento, até as performances mais ousadas e que buscam ser inovadoras, caem num mesmo contexto egoico e é muito difícil sair desse local para acessar algo inovador e encantador. A proposta de trabalhar com regionalismos abre um leque muito maior de possibilidades e um cenário muito rico para se trabalhar numa ultima produção de um curso.

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