terça-feira, 15 de março de 2016

Autoapresentação de KYLL NUNES (vulgo Kamilla)

1 - Tenho certa experiência com a encenação, sendo mais forte com maquiagem e figurino. Tenho facilidade com trabalhos manuais, o que me ajuda quando o trabalho é de cenografia. Gosto de reciclar coisas. Já trabalhei com produção de grupos independentes. Além disso, canto e arranho um pouco o violão.
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2 - Tenho afinidade com o Teatro Político. Integro alguns grupos de performance, sendo um deles de “performance ataque”, como gostamos de chamar. Também gosto de experimentações musicais em cena. Nos últimos dois anos, devido à maternagem, tenho me interessado pelo Teatro Infantil.
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3 - Já fiz algumas experimentações áudio-visuais com edição de vídeos. Gosto de fotografar e filmar. Faço dreads e artesanatos. Adoro cozinhar e jogo Tarot.
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4 -       - Esperando Godot, de Samuel Beckett. Parece-me familiar a espera por algo que não se sabe ao certo o que é. Mais ainda o vício da espera interminável. Como quem é viciado na agonia e na angústia. Essa peça deu alguns nós na minha cabeça.
- O que você foi quando criança?, de Lourenço Mutarelli. Peça tragicômica. Mutarelli é cartunista e caricaturista. Os personagens da peça são arquétipos bastante caricatos. A visão de um cartunista pela ótica teatral me pareceu bem chamativa. É um texto leve e divertido, mas todos morrem incendiados no final.
            - Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Por levantar o lugar da família dentro do contexto trabalhista, além de todo o discurso pró revolução retratado pela voz dos operários.
            - Medéia, de Eurípedes e A gota d’água, de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes. Por falar da ambição humana, tema que tem meu apreço.
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5 -       - O Ócio Criativo,  de Domenico de Masi. Por ampliar minha visão acerca da criação e criatividade, mostrando que o ato de criar está na capacidade individual de autoconhecer.  
            - O Brincar e suas teorias, de Tizuko Morchida (organizadora). Levanta o aspecto lúdico do brincar associando-o às praticas culturais. O livro é composto por artigos que abordam o ato de brincar nos âmbitos social, psicológico e filosófico. Este assunto passou a me interessar mais depois da gestação do meu filho.
            - Jogos para atores e não atores, de Augusto Boal. Por demonstrar como o jogo de cena está intrínseco a cada indivíduo, ator ou não, além de proporcionar ao leitor a consciência de possuir uma vasta possibilidade de ação como cidadão ativo no cotidiano.
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6 - Achadouros, dirigido por Zé Regino. Aborda um lugar único da inocência infantil, trazendo, com simplicidade e ternura, a memória de um tempo em que era possível se apaixonar por bolhas de sabão.
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7 – Bloco Musical Existencialista Quântico, dirigido por Hugo Casarisi, com continuidade de nome Bloco +ou- 1 (o começo, o comício e o comércio), dirigido por mim, Kamilla Nunes. No primeiro espetáculo, fui atriz e intérprete. No segundo, fui diretora, roteirista, produtora, figurinista, cenógrafa e performer.
Esse trabalho, que durou cerca de três anos, começou de maneira independente e teve apoio do FAC em um período. Gerou dois espetáculos e três atos performativos.
Abordava a “estética do lixo”, ou, como gostávamos de afirmar, a “estética do monte de louça suja”. Sua principal referência estética e conceitual era o documentário Estamira, de Marcos Prado. Mas também nos valemos de discursos de figuras como o político Alberto Fraga, além de textos de propagandas de especulação imobiliária e de ruralistas.
A intenção era revirar o podre humano. Satirizando nossas atitudes e a de quem detém o poder. Era o antagonismo entre arte e política, entre artista de rua e poder público. Uma crítica fedorenta ao “lugar da arte” neste país.
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8 - Meu projeto de diplomação dos sonhos é me formar com dignidade. Não tenho interesse em “puxar a sardinha” pro meu lado, tampouco tenho um posicionamento fixo acerca da diplomação.  Só me preocupo com o discurso político aplicado. Portanto, não há o que se preocupar, já que a política está em tudo e a ironia, penso eu, é uma ferramenta que já está na minha maleta pessoal.

Façamos o que for! Mostremos o que quisermos! Em coletivo, pois o indivíduo, por mais que transborde, nunca inundará um país sozinho!

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