Autoapresentação de KYLL NUNES (vulgo Kamilla)
1 -
Tenho certa experiência com a encenação, sendo mais forte com maquiagem e
figurino. Tenho facilidade com trabalhos manuais, o que me ajuda quando o
trabalho é de cenografia. Gosto de reciclar coisas. Já trabalhei com produção
de grupos independentes. Além disso, canto e arranho um pouco o violão.
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2 -
Tenho afinidade com o Teatro Político. Integro alguns grupos de performance,
sendo um deles de “performance ataque”, como gostamos de chamar. Também gosto
de experimentações musicais em cena. Nos últimos dois anos, devido à maternagem,
tenho me interessado pelo Teatro Infantil.
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3 -
Já fiz algumas experimentações áudio-visuais com edição de vídeos. Gosto de
fotografar e filmar. Faço dreads e artesanatos. Adoro cozinhar e jogo Tarot.
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4 -
- Esperando Godot, de Samuel Beckett. Parece-me familiar a espera por
algo que não se sabe ao certo o que é. Mais ainda o vício da espera
interminável. Como quem é viciado na agonia e na angústia. Essa peça deu alguns
nós na minha cabeça.
- O que
você foi quando criança?, de Lourenço Mutarelli. Peça tragicômica.
Mutarelli é cartunista e caricaturista. Os personagens da peça são arquétipos
bastante caricatos. A visão de um cartunista pela ótica teatral me pareceu bem
chamativa. É um texto leve e divertido, mas todos morrem incendiados no final.
- Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri. Por levantar o
lugar da família dentro do contexto trabalhista, além de todo o discurso pró revolução
retratado pela voz dos operários.
- Medéia, de Eurípedes e A gota
d’água, de Chico Buarque de Holanda e Paulo Pontes. Por falar da ambição humana,
tema que tem meu apreço.
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5 - - O Ócio
Criativo, de Domenico de Masi. Por
ampliar minha visão acerca da criação e criatividade, mostrando que o ato de
criar está na capacidade individual de autoconhecer.
- O Brincar e suas teorias, de Tizuko Morchida (organizadora). Levanta
o aspecto lúdico do brincar associando-o às praticas culturais. O livro é
composto por artigos que abordam o ato de brincar nos âmbitos social,
psicológico e filosófico. Este assunto passou a me interessar mais depois da
gestação do meu filho.
-
Jogos para atores e não atores, de Augusto Boal. Por demonstrar como o jogo
de cena está intrínseco a cada indivíduo, ator ou não, além de proporcionar ao
leitor a consciência de possuir uma vasta possibilidade de ação como cidadão
ativo no cotidiano.
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6 - Achadouros, dirigido por Zé Regino. Aborda um lugar único da inocência infantil,
trazendo, com simplicidade e ternura, a memória de um tempo em que era possível
se apaixonar por bolhas de sabão.
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7 –
Bloco Musical Existencialista Quântico, dirigido
por Hugo Casarisi, com continuidade de nome Bloco
+ou- 1 (o começo, o comício e o comércio), dirigido por mim, Kamilla Nunes.
No primeiro espetáculo, fui atriz e intérprete. No segundo, fui diretora, roteirista,
produtora, figurinista, cenógrafa e performer.
Esse
trabalho, que durou cerca de três anos, começou de maneira independente e teve
apoio do FAC em um período. Gerou dois espetáculos e três atos performativos.
Abordava
a “estética do lixo”, ou, como gostávamos de afirmar, a “estética do monte de
louça suja”. Sua principal referência estética e conceitual era o documentário Estamira, de Marcos Prado. Mas também
nos valemos de discursos de figuras como o político Alberto Fraga, além de
textos de propagandas de especulação imobiliária e de ruralistas.
A
intenção era revirar o podre humano. Satirizando nossas atitudes e a de quem
detém o poder. Era o antagonismo entre arte e política, entre artista de rua e
poder público. Uma crítica fedorenta ao “lugar da arte” neste país.
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8 - Meu
projeto de diplomação dos sonhos é me formar com dignidade. Não tenho interesse
em “puxar a sardinha” pro meu lado, tampouco tenho um posicionamento fixo
acerca da diplomação. Só me preocupo com
o discurso político aplicado. Portanto, não há o que se preocupar, já que a
política está em tudo e a ironia, penso eu, é uma ferramenta que já está na
minha maleta pessoal.
Façamos
o que for! Mostremos o que quisermos! Em coletivo, pois o indivíduo, por mais
que transborde, nunca inundará um país sozinho!
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