quinta-feira, 17 de março de 2016

Apresentação - Isabella de Andrade

1. Habilidades básicas
Dança: Meu primeiro contato com os palcos veio através da dança. Iniciei as aulas no ballet clássico aos 4 anos de idade, por vontade própria, após acompanhar ensaios e apresentações da minha irmã. Permaneci no ballet até os 12 anos, quando saí para poder ter aulas de teatro. O contato com a dança permaneceu então através das próprias oficinas teatrais, até que em 2010 comecei a praticar teatro musical. Entre 2010 e 2013 fiz aulas de dança de maneira geral, para auxiliar nas coreografias dos musicais (primeiro na Escola de teatro musical de Brasília e depois na Actus produções). Entre 2010 e 2012 fiz aulas de street jazz, primeiramente com a professora Fernanda Fiuza (na Claude Debussy) e depois com Wesley Messias (na Juliana Castro).

Canto: Meu contato com o canto foi apenas durante meu período de prática no teatro musical, entre 2010 e 2013. Fiz aulas de canto com alguns professores de Brasília que focavam na técnica de musicais. Após intenso esforço vocal realizado durante esses anos tive uma fenda e um pequeno calo vocal e me afastei do canto e dos musicais. Frequentei uma fonoaudióloga para tratar o problema e no ano passado me apresentei algumas vezes com um pequeno grupo de música, com criações autorais, que não exigiam grande esforço vocal.

Instrumentos musicais: Tenho conhecimento em teoria musical e toco piano, fiz aula por três anos.

Produção: Trabalhei com produção de atores e auxiliar de eventos no Caixa Cênica por 1 ano (antes de começar a trabalhar como atriz no mesmo local).

2. Tradições artísticas
Teatro infantil: Tive grande contato e experiência com o teatro infantil durante o período de oficinas no teatro Mapati (entre 2003 e 2006) e trabalhei por um semestre na cia. teatral Neia e Nando. Sempre me encantei com a troca de energia das crianças e com o quanto participam das peças.

Contação de histórias: Estudei e experimentei a tradição de contar histórias por pouco mais de 1 ano e meio, período em que trabalhei no Centro cultural do Banco do Brasil. A possibilidade de contar boas histórias em qualquer local, com objetos e cenários simples. Além disso, é possível sempre levar histórias que se relacionem com o contexto daquele grupo de crianças, possibilitando a reflexão, participação e troca de experiências.

3. Outras habilidades

Escrita: A escrita sempre esteve presente em minha vida e, nos últimos anos, tem se mostrado como o ponto de ligação entre minhas diferentes paixões e trabalhos. Em 2015 publiquei o meu primeiro livro, Veracidade, pela Editora Patuá e pretendo prosseguir nesse caminho.

Jornalismo e assessoria de imprensa
Antes de iniciar o curso de artes cênicas me graduei em jornalismo pela Universidade de Brasília. Trabalhei em assessorias de imprensa de órgãos públicos (Embrapa, TCU, DEA) e com o grupo de teatro Estupenda Trupe. Atualmente trabalho como repórter no caderno de cultura do Correio Braziliense.

Fotografia e mídias online
Fiz o curso básico de fotografia do Espaço f/508 e tenho experiência amadora com trabalhos fotográficos, entre eles ensaios pessoais e peças de teatro. Fotografei apresentações dos últimos dois semestres do Cometa Cenas. Em mídias online, alimento o site www.ociclorama.com (que atualmente está sendo reformulado).

4. Textos teatrais que gostei
Vou citar dois textos que gosto mostram universos bem diferentes, O vale encantado (Oswaldo Montenegro) e A Falecida (Nelson Rodrigues). O texto de Oswaldo me encanta pela possibilidade de se trabalhar questões importantes enquanto estamos mergulhados em um universo fantástico e no mundo infantil. As músicas criadas para a peça têm letras ricas, que complementam o texto e dizem muito sobre os personagens. Já em A Falecida, Nelson Rodrigues mostra a realidade de maneira explícita, nos levando a pensar sobre diversos aspectos mais pessimistas da vida cotidiana e a ideia de que as coisas darão errado. Apesar do pensamento nada otimista que é incentivado pela narrativa, gosto da maneira real com que ela trata os personagens e de como não se importa em quebrar expectativas e mostrar um final nada feliz.

5. Outro texto que tenha gostado
No lugar de citar um texto teórico, preferi destacar o site Cinema em cena, do crítico cinematográfico Pablo Villaça. Acompanho periodicamente os textos e postagens de Pablo e gosto imensamente da maneira com que suas críticas são feitas, de maneira profunda e detalhada, focando na técnica, interpretação, produção e conteúdo dos filmes. O crítico escreve também colunas específicas relacionadas ao universo cinematográfico, como: Anatomia de um filme, frame sonoro, vestindo o filme e conversa de cinéfilo. É possível refletir um pouco mais sobre o universo cinematográfico atual, interpretação de atores, direção e tentar conectar com teorias e aprendizados adquiridos na faculdade.

6. Espetáculo que eu gostei
Gostei imensamente do espetáculo Se elas fossem para Moscou, principalmente pela capacidade de utilizar novos recursos de tecnologia para criar uma experiência teatral diferenciada. Além disso, a ideia de fazer uma história filmada, apresentada simultaneamente enquanto peça teatral e filme, me chamou a atenção pelo fato de desmistificar o fato de que a interpretação de atores para teatro e cinema deve ser completamente diferente. A interação com o público também foi um ponto alto do espetáculo e no momento da festa de aniversário, a plateia podia se sentir como parte de um dos convidados, com direito a quitutes oferecidos pelos atores e dança em cima do palco. Acredito que essa tendência, de unir teatro e cinema, ainda tem muitas possibilidades criativas para serem exploradas atualmente. Além disso, o espetáculo trabalha com a reinvenção de um texto clássico, outra possibilidade a ser explorada.

7. Espetáculo que participei: O bebê de Rosemary
Gostaria de falar desses espetáculo, feito durante a disciplina de Prática de montagem, por dois motivos: a adaptação de um filme para peça de teatro e o “coringamento” de personagem. No início, quando a sugestão de montar o clássico dirigido por Roman Polanski foi levada por um dos alunos, a turma não recebeu muito bem a sugestão. Parecia complicado montar no teatro uma história mostrada no cinema, o suspense se perderia, não teríamos os recursos de câmera tão bem utilizados na telona e assim, muito da trama se perderia. Ao final do semestre, a peça foi muito elogiada por professores e alunos, mostrando que o teatro nos permite arriscar e experimentar diversas possibilidades e tipos de linguagem. Quanto ao coringamento de personagens (todas as meninas da turma revezaram o personagem Rosemary), gostaria de comentar a dificuldade de construir a interpretação em apenas algum momento separado da história. Revezávamos entre coro e protagonista, precisando levar para a cena uma emoção que não havia sido anteriormente construída e trabalhada ao longo das cenas.

8. Projeto de diplomação dos sonhos

Gosto muito de trabalhar com o universo onírico, textos poéticos e fantasia, sem cair em clichês, aproveitando o universo dos sonhos para falar a respeito das questões humanas e do universo que existe em cada um. Tenho vontade também de fazer uma diplomação com a presença de musicistas, cantores, música ao vivo e canções criadas para o espetáculo. 

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